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Comprar casas eficientes pode dar descontos nos custos dos empréstimos. E há novidades nos créditos para obras em imóveis usados. Fonte: Idealista News

A compra de imóveis com boa classificação energética com recurso a crédito habitação – os chamados empréstimos “verdes” – pode dar descontos na taxa de juro ou na isenção de algumas comissões bancárias. Um “fenómeno” que está a crescer em Espanha e que parece estar a ganhar força também em Portugal, onde os benefícios ainda são, no entanto, reduzidos. 

As bonificações dadas pelas entidades bancárias em Portugal nos empréstimos da casa ainda são baixas, variando entre 0,05% e 0,10%, na maioria dos casos, não sendo certo que os clientes não consigam taxas de juro iguais ou mesmo mais baixas na compra de imóveis “normais”, ou seja, sem selo “green (verde)”, segundo conta o Público.

A discussão em torno das preocupações ambientais, da eficiência energética, da sustentabilidade e do Environmental, Social e Governance (ESG) tem subido de tom nos últimos tempos, com os investidores imobiliários a avisarem, por exemplo, que a procura por edifícios sustentáveis vai aumentar. Também o Banco Central Europeu (BCE) está atento ao tema e a exigir aos bancos que aumentem a concessão de crédito sustentável.

De acordo com a publicação, a nível nacional, é possível encontrar produtos específicos na:

  • União de Créditos Imobiliários (UCI),
  • Bankinter, Novo Banco,
  • Banco Santander Totta, 
  • Millennium BCP.

Outras instituições têm em vista apostar em produtos semelhantes, como por exemplo a CGD e o BPI. 

Crédito para obras que melhorem a eficiência energética das casas

Já a UCI, que foi a primeira instituição de crédito a lançar as empréstimos “green” em Portugal, com uma bonificação de 0,10% na taxa de juro dos empréstimos para aquisição de imóveis novos ou para a construção de moradias com classificação energética A, prepara-se para criar um outro produto para financiamentos destinados à compra e reforma de imóveis usados. A garantia é dada por Pedro Megre, presidente executivo da instituição em Portugal, que planeia conceder crédito suplementar para obras, de forma a melhorar a eficiência energética dos imóveis através da mudança de janelas, estores térmicos, painéis fotovoltaicos ou bombas de calor, por exemplo.

O responsável adianta, citado pelo Público, que o crédito “verde” representou cerca de 8% do volume de crédito colocado pela UCI em 2021, sendo que nos primeiros meses de 2022 já se aproxima dos 10%.

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