Valor mediano da avaliação bancária de casas regista novo recorde. Subiu 17 euros num mês e 144 euros no espaço de um ano. Fonte: Idealista News
Sempre a subir. É assim que se pode definir o estado atual da avaliação bancária das casas em Portugal, exigida pelos bancos aquando da concessão de um crédito habitação. Um crescimento que tem acompanhado o aumento dos preços das casas, que tem sido também constante. Em março, o valor mediano atribuído por metro quadrado (m2) pelos bancos às casas fixou-se em 1.331 euros, mais 17 euros (1,3%) que no mês anterior e mais 144 euros (12,1%) que no período homólogo, segundo dados divulgados esta quarta-feira (27 de abril de 2022) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se do valor mais elevado desde que há registos (janeiro de 2011).https://datawrapper.dwcdn.net/gXhkt/1/
“O maior aumento face ao mês anterior registou-se no Alentejo (2,8%). A única região que apresentou uma variação em cadeia negativa foi o algarve (-0,6%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 12,1%, registando-se a variação mais intensa no Algarve (16,4%) e a menor no Alentejo (8,0%)”, lê-se no boletim do INE.
Apartamentos: avaliação cresce 13,5% num ano
No que diz respeito ao valor mediano de avaliação bancária de apartamentos, foi de 1.476 euros por m2 em março, tendo aumentado 1,0% face ao mês anterior e 13,5% face ao período homólogo. O valor mais elevado, comparativamente com março de 2021, foi observado no Algarve (1.794 euros por m2) e o mais baixo no Alentejo (964 euros por m2). O Algarve apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (19,0%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado o menor (4,2%).
Na variação em cadeia, ou seja, em março face a fevereiro, o Alentejo registou a maior subida (3,3%) e a maior descida verificou-se na Região Autónoma dos Açores (-1,0%).
Que evoluções houve por tipologias?
- O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 13 euros, para 1.505 euros/m2;
- O valor mediado de avaliação para apartamentos T3 cresceu 17 euros, para 1.316 euros por m2.
“No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,2% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise”, adianta o INE.
Moradias: avaliação disparam 7,5%
Relativamente ao valor mediano da avaliação bancária das moradias, foi de 1.067 euros por m2 em março, o que representa um acréscimo de 1,9% face ao mês anterior e de 7,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados, em termos homólogos, observaram-se no Algarve (1.815 euros por m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.788 euros por m2), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (900 euros por m2 e 901 euros por m2, respetivamente). Já a Área Metropolitana de Lisboa apresentou o maior crescimento homólogo (15,3%), tendo o menor ocorrido no Alentejo (5,9%).
“Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação aumentou 1,9%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais acentuado (3,3%), tendo-se verificado a maior descida no Algarve (-0,8%)”, analisa o INE.
Que evoluções houve por tipologias?
- O valor mediano das moradias T2 subiu 46 euros, para 1.047 euros por m2;
- O valor mediano das moradias T3 aumentou 19 euros, para 1.045 euros por m2;
- O valor mediano das moradias T4 cresceu 5 euros, para 1.104 euros por m2.
“No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,8% das
avaliações de moradias realizadas no período em análise”, remata o INE.
Mais 23,4% de avaliações bancárias que há um ano
De acordo com o instituto, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de março, foram consideradas 32.043 avaliações, mais 23,5% que no mesmo mês do ano anterior: destas, 20.674 foram apartamentos e 11.369 moradias.
“Note-se, no entanto, que esta evolução deverá refletir um efeito base, na medida em os primeiros meses de 2021 foram afetados pelo agravamento das medidas de contenção associadas à situação pandémica vivida. Em comparação com o período anterior, realizaram-se mais 3 362 avaliações bancárias, o que corresponde a um aumento de 11,7%”, lê-se na nota do INE.