Sabes como podes amortizar crédito habitação? O que precisas de fazer e se realmente vale a pena? Explicamos-te tudo. Fonte: Idealista News
Quando falamos em amortizar crédito habitação referimo-nos ao reembolso total ou parcial do valor em dívida, contraído no crédito habitação, antes do final do contrato. Este reembolso corresponde a um valor extra que é pago ao banco, além da habitual prestação mensal, e que permite acelerar o pagamento da dívida à entidade bancária.
Se há situações em que amortizar crédito habitação compensa e é vantajoso, existem outras em que tal pode não se revelar tão positivo para o orçamento familiar. Continua a ler para perceberes se deves ou não amortizar crédito habitação.
O primeiro passo para amortizar crédito à habitação é avisares o banco em que fizeste o crédito que tens intenção de fazê-lo. Para isso, deves considerar as datas para o fazeres, as quais constam no contrato do empréstimo que realizaste com o banco.
Depois, os trâmites a seguir vão variar em função de se amortizar crédito à habitação parcial ou totalmente.
No caso de amortizar crédito à habitação parcialmente, não existe um valor mínimo definido. Antes de o fazeres, deves avisar o banco com 7 dias úteis de antecedência e realizares a amortização na mesma data de pagamento da prestação mensal do teu imóvel.
7 dias úteis de antecedência, se se amortizar crédito habitação por iniciativa própria, devendo nesta situação o reembolso ocorrer, simultaneamente, com o pagamento da prestação mensal do imóvel;
10 dias úteis de antecedência, quando vais amortizar crédito habitação na sequência da venda da casa, pois só assim poderá ser emitido o distrate da hipoteca, isto é, o documento que comprova a extinção da tua dívida do crédito à habitação, o qual deve, depois, ser exibido na altura da escritura.
Em que casos se pode amortizar crédito habitação e quais as vantagens em fazê-lo?
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Todas as pessoas que tenham créditos à habitação podem amortizá-los sempre que assim o entenderem fazer. No entanto, antes de dares esse passo, deves analisar bem qual a tua situação financeira, nomeadamente se:
Não ficas descapitalizado ao fazer a amortização;
Não necessitas desse dinheiro para responder a alguma despesa extra;
Tens outros créditos com taxas de juro elevadas.
Caso decidas avançar para a amortização antecipada, poderás usufruir de algumas vantagens, tais como:
Veres baixar o valor da prestação mensal do imóvel que pagas ao banco (pois consegues reduzir não só o valor do capital em dívida, como também dos juros que lhe estão associados).
Reduzires o prazo do contrato, se assim o desejares, aproximando o fim do contrato, mantendo neste caso a mesma prestação mensal do imóvel;
Diminuíres o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC), ou seja, o valor total que tens de pagar ao banco durante o período do teu empréstimo.
Mas para saberes se, de facto, este é o melhor investimento a realizares, tens de calcular a amortização ao crédito habitação e veres se vale realmente a pena fazê-lo. Para isso, precisas de considerar: o teu capital em dívida, a tua taxa de juro, as tuas prestações mensais em falta e o valor a amortizar.
Assim, por exemplo, se tiveres um capital em dívida de 100.000 €, uma taxa de juro de 3,35%, 360 prestações mensais em falta e deres 10.000 € como valor para amortizar, significa que a tua prestação mensal irá passar de 440,71 € para 396,64 €.
Ou seja, conseguirás uma poupança de 44,07€ por mês e de 528,84 por ano. Ao fim de 30 anos, esta amortização representará uma poupança total de 15.865,20€. Mediante os valores, deverás avaliar se te parece ou não vantajoso para ti avançar.
Há casos em que pode haver recusa da amortização antecipada? Quais?
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São raros os casos em que amortizar crédito pode ser negado. No entanto, há algumas situações em que tal pode acontecer, nomeadamente:
Se o contrato, por exemplo, apenas permitir realizar amortizações antecipadas alguns anos depois do seu início;
Se quiseres usar o valor do teu PPR (Plano Poupança Reforma) para amortizar crédito habitação. Tal não é, geralmente, possível, embora até ao final de 2023 tenha sido permitido o resgate do PPR para amortizar crédito, desde que não ultrapasse em 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), ou seja, aproximadamente 5765€.
Quais os apoios para a amortização antecipada crédito habitação?
Liquidar crédito habitação é uma operação que pode ter custos, devido às taxas de amortização, ou seja, à comissão cobrada pelo banco. Por norma, a comissão a pagar ao banco pela amortização antecipada é de:
0,5% para os créditos à habitação com taxa variável, ou seja, 5€ por cada 1000€ amortizados;
2% para os créditos à habitação com taxa fixa, ou seja, 20€ por cada 1000€ amortizados.
No entanto, devido às medidas de apoio à habitação, lançadas em 2023 pelo Governo, até ao final do ano passado, podias amortizar crédito habitação sem quaisquer custos extra. O melhor é que esta isenção da comissão de amortização antecipada de capital em dívida nos créditos à habitação com taxa variável, indexados à Euribor a 3, 6 ou 12 meses manter-se-á em 2024. Uma boa notícia para quem compensa amortizar crédito habitação numa altura em que os juros sobem em flecha.
Nota: O consumidor fica isento do pagamento de quaisquer comissões sempre que a amortização antecipada ocorra por motivos de desemprego, deslocação profissional ou morte de um dos titulares do empréstimo.
Portanto, se já decidiste que amortizar crédito habitação é o melhor passo a dar no teu caso, então aproveita a isenção da comissão de amortização antecipada de capital em dívida, atualmente em vigor, e faz o quanto antes a amortização do teu crédito.
Porém, se ainda estás em dúvida ou se achas que amortizar crédito habitação não é uma opção assim tão vantajosa para ti, pensa noutros investimentos que te possam dar mais retorno, como fazer um depósito a prazo ou um PPR.
Prestações da casa desceram em janeiro de 2024 face a dezembro. Mas estão mais caras que há um ano, revelam simulações Fonte: Idealista News
A reta final de 2023 trouxe um ligeiro alívio nas prestações da casa por via da descida da Euribor. E esta tendência está a seguir caminho no arranque de 2024: as taxas Euribor desceram para todos os prazos em dezembro face ao mês anterior, reduzindo as prestações da casa. Este é uma boa notícia para as famílias que querem comprar casa e avançar com um novo crédito habitação a taxa variável em janeiro de 2024, pois vão pagar menos de prestação do que quem contratou no mês anterior, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação. Quem está a pagar um empréstimo habitação a taxa variável também verá a prestação da casa a ser reduzida se for revista no arranque de 2024.
Estamos a assistir um ponto de viragem na evolução da Euribor. Depois de terem passado quase dois anos a subir a pique, as taxas Euribor começaram a dar sinais de descida em novembro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter os juros inalterados na reunião de outubro e da inflação na Zona Euro estar cada vez mais perto do objetivo de 2%.
E continuaram a trajetória de queda ao longo de dezembro, tendo sido estimulada pela nova manutenção dos juros do BCE em dezembro nos atuais níveis – a taxa de refinanciamento bancário continua nos 4,5% desde setembro – e pela nova desaceleração da inflação da Zona Euro para 2,4%. Em resultado, as taxas mensais Euribor desceram para os seguintes valores em dezembro de 2023:
Euribor a 12 meses: a média mensal desceu para 3,679% em dezembro, menos 0,343 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior (4,022%). Esta foi a terceira vez que a Euribor no prazo mais longo desceu no atual ciclo de subidas;
Euribor a 6 meses: esta taxa desceu 0,138 pontos para 3,927% em dezembro. A descida da média da Euribor a 6 meses em dezembro foi a segunda registada nos últimos dois anos;
Euribor a 3 meses: desceu ligeiramente em dezembro para 3,935%, menos 0,37 pontos percentuais face a novembro (3,972%). Esta foi a primeira queda da taxa mensal.
A nova descida da Euribor para todos os prazos está em linha com as atuais expectativas de mercado, que antecipam uma evolução em baixa destas taxas ao longo de 2024, antecipando que o pico máximo já foi atingido. Segundo indicam os especialistas, se os ventos soprarem a favor de uma desaceleração da inflação e descida dos juros do BCE sem choques externos relevantes, tudo indica que a Euribor deverá descer para cerca de 3% (ou até menos) no final deste novo ano. E o mesmo antecipa o próprio Mário Centeno, governador do Banco de Portugal.
Novo crédito habitação em janeiro de 2024: quanto pago pela prestação?
Há boas notícias para quem vai arrancar ano de 2024 a comprar casa com recurso a crédito habitação a taxa variável: com a nova descida da média da Euribor em dezembro, vai pagar menos de prestação da casa do que se contratasse o empréstimo no mês anterior. É isso mesmo que mostram as simulações do idealista/créditohabitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos:
Crédito habitação com Euribor a 12 meses: quem contratar um empréstimo habitação em janeiro de 2024 vai pagar uma prestação de 776 euros no primeiro ano, menos 31 euros do que quem avançou com o crédito em dezembro (807 euros);
Crédito habitação com Euribor a 6 meses: neste caso a prestação da casa a pagar em janeiro e nos cinco meses seguintes será de 798 euros, menos 13 euros do que quem se antecipou e contratou o empréstimo em dezembro;
Crédito habitação com Euribor a 3 meses: a prestação da casa será de 799 euros em janeiro, menos três euros face a dezembro (802 euros). Esta será, portanto, a prestação da casa a pagar nos três meses seguintes à contratação do crédito, sendo depois revista.
Embora as taxas Euribor sejam a descer (tal como as respetivas prestações da casa), estas ainda estão em valores bem superiores aos registados há um ano. Em janeiro de 2023, a Euribor a 12 meses estava nos 3,005% com uma prestação nos 716 euros, enquanto a Euribor a 6 meses situava-se nos 2,56% e a prestação nos 678 euros. Ou seja, a prestação da casa estava 60 euros mais baixa no primeiro caso e 120 euros mais barata no segundo.
Portanto, quem contratou o crédito habitação com Euribor a 12 meses há um ano, verá a prestação da casa a ser revista em alta este mês. E quem contratou o crédito com prazo a 6 meses também viu a prestação subir em junho, quando foi atualizada, seguida de nova revisão em janeiro (também em alta). Importa não esquecer que a dimensão da subida nas prestações da casa vai depender de vários fatores, como do capital em dívida e do ano do contrato.
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Quais são os apoios ao crédito habitação?
As famílias que contrataram um crédito habitação a taxa variável e estão a sentir um aumento expressivo na prestação da casa consoante as atualizações têm vários apoios públicos que podem aderir, os quais foram friados pelo Governo socialistas – hoje em gestão – ao longo de 2023, como:
Fixar a prestação da casa: medida dá desconto até 30% na Euribor durante 2 anos;
Bonificação dos juros até 800 euros por ano;
Suspensão da comissão de amortização antecipada;
Resgatar o Plano de Poupança Reforma (PRR) para amortizar o crédito habitação e pagar a prestação da casa, sem quaisquer penalizações;
Quem não está abrangido por estes apoios, também pode optar por transferir o empréstimo habitação para outro banco ou mudar para taxa mista de forma a reduzir a prestação da casa, por exemplo.
Redução do IMI será de 30, 70 e 140 euros, consoante o agregado familiar tenha um, dois e três ou mais dependentes, respetivamente. Fonte: Idealista News
Cerca de 240 municípios vão aplicar o desconto do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) familiar, sendo que o valor desta dedução que vai ser aplicado em 2024 é mais elevado, chegando aos 140 euros para quem tem três ou mais dependentes.
De acordo com a informação disponível e que pode ser consultada no Portal das Finanças, foram 237 os municípios que comunicaram à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a intenção de conceder às famílias com dependentes o desconto que permite reduzir a conta do IMI. De referir, contudo, que não está disponível informação relativamente a 23 municípios.
A redução do IMI era até agora de 20, 40 e 70 euros consoante exista um, dois, três ou mais dependentes, respetivamente. Estes valores foram reforçados no âmbito da lei do Mais Habitação, que entrou em vigor em outubro, tendo passado para, pela mesma ordem de dependentes, 30, 70 e 140 euros.
Estes novos valores serão aplicados em 2024, quando os proprietários forem chamados a pagar o IMI relativo a 2023.
O desconto é aplicado depois de calculado o IMI, ou seja, do valor que resulta da aplicação da taxa de imposto em vigor no concelho ao Valor Patrimonial Tributário (VPT) do imóvel.
O IMI familiar foi aplicado pela primeira vez em 2016 (para o imposto relativo a 2015), sendo nessa altura atribuído um desconto percentual em função do número de dependentes.
No ano seguinte, o modelo foi alterado e substituído por um montante fixo de desconto por dependente e sofre agora nova alteração.
De acordo com o código do IMI cabe aos municípios, mediante deliberação da assembleia municipal, “fixar uma redução da taxa do imposto municipal sobre imóveis que vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar ao prédio ou parte de prédio urbano destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, e que seja efetivamente afeto a tal fim, atendendo ao número de dependentes que, nos termos do Código do IRS, compõem o respetivo agregado familiar”.
Esta decisão tem de ser comunicada à AT até 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto. Antes disso, até 15 de setembro, a AT envia aos municípios o número de agregados com um, dois e três ou mais dependentes que tenham, “na sua área territorial, domicílio fiscal em prédio ou parte de prédio destinado a habitação própria e permanente”.
176 autarquias aplicam taxa mínima do IMI (0,3%) em 2024
Os dados do Portal das Finanças indicam também que no próximo ano há 176 autarquias a aplicar a taxa mínima do IMI, ou seja, 0,3%.
De referir que dos 23 municípios para os quais a informação não está disponível, a maioria aplicou a taxa mínima em 2023, pelo que o número global irá superar os 176.
Apesar de o grupo de municípios com taxa mínima ser relativamente estável face a 2023, também há novas entradas: é o caso do Entroncamento ou de Vila Viçosa, por exemplo, que reduziram as taxas para o patamar dos 0,3%.
Já a prestação da casa para a totalidade dos contratos atingiu máximo histórico de 396 euros, aponta o INE. Fonte: Idealista News
Os créditos habitação em Portugal têm vindo a ficar cada vez mais caros, por via da subida dos juros. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira revelam que, para a totalidade dos contratos, os juros voltaram a subir para 4,524% em novembro, o valor mais elevado desde março de 2009. E a prestação da casa atingiu os 396 euros, um valor recorde. Mas estamos a assistir a um ponto de viragem nos créditos habitação contratados nos últimos três meses: a recente descida das taxas Euribor em novembro, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter feito uma pausa na subida das taxas diretoras, ter-se-á refletido nos juros destes novos contratos, uma vez que desceram pela primeira vez desde março de 2022 para 4,366%.
Olhando para os contratos de crédito habitação celebrados nos últimos três meses, o INE apurou que a “a taxa de juro desceu pela primeira vez nos últimos 20 meses, passando de 4,380% em outubro para 4,366% em novembro”. Ou seja, esta é a primeira vez que os juros desceram nos novos contratos desde março de 2022.
E o mesmo de passa nos créditos para aquisição de habitação – o “destino de financiamento mais relevante”. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu 1,1 pontos base (p.b.) face ao mês anterior, fixando-se em 4,353% em novembro, registando, também, a primeira redução desde março de 2022, destaca o gabinete de estatística português na nota divulgada esta terça-feira, dia 19 de novembro.
Estes dados sugerem, assim, que os juros nestes novos contratos terão sido influenciados pela descida das taxas Euribor em novembro em reação à manutenção dos juros do BCE na reunião de outubro. Entretanto, o regulador europeu voltou a manter os juros diretores inalterados na reunião de dezembro, o que tem descido as taxas Euribor diárias, ainda que ligeiramente.
Ainda assim, esta ligeira descida dos juros não foi suficiente para baixar as prestações da casa. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 11 euros face ao mês anterior, para 655 euros em novembro (aumento de 29,2% face ao mesmo mês do ano anterior)”, aponta. E para o destino de aquisição de habitação, a prestação da casa subiu de 680 euros em outubro para 694 euros em novembro (+14 euros).
O que também salta à vista é que o montante médio em dívida continua a subir nos contratos de crédito habitação mais recentes, muito por via dos elevados preços das casas à venda, que continuam a subir embora a menor velocidade. Em concreto, para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 126.115 euros, mais 1.012 euros que em outubro. Para aquisição de habitação, este montante é ainda mais elevado: 133.945 euros em novembro (132.354 euros em outubro).
Prestação da casa atinge máximo histórico para a totalidade dos contratos
Analisando a totalidade de créditos habitação em Portugal (novos e existentes), verificamos que a realidade é outra: os juros continuam a subir e as prestações da casa atingiram mesmo o máximo histórico da série disponível do INE, que remonta janeiro de 2009.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação foi 4,524% em novembro, o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 9,1 p.b. face a outubro (4,433%). Mas “note-se que, pelo sexto mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”, destaca o INE. Também para o destino de financiamento aquisição de habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,497% (+8,9 p.b. face a outubro).
Em resultado da subida dos juros, a prestação média voltou a aumentar fixando-se em 396 euros em novembro, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009). Face a outubro, a prestação da casa está 4 euros mais cara e face a novembro de 2022 ficou 108 euros mais elevada (+37,5%). “Pelo segundo mês consecutivo, registou-se uma redução da taxa de variação homóloga do valor médio da prestação face à observada no mês anterior (40,5%)”, sublinha o instituto.
Ainda assim, o peso dos juros na prestação média de novembro (396 euros) continua a ser expressivo:
Juros: correspondem a 240 euros do valor da prestação (61% do total). Há um ano a componente dos juros representava 29% da prestação média de 288 euros;
Capital amortizado: corresponde a 156 euros (39%).
O que também salta à vista é que o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos habitação voltou a aumentar em novembro para 64.438 euros (+252 euros face ao mês anterior). Os elevados preços das casas à venda ajudam a explicar esta subida.
Conhece os financiamentos para as casas pré-fabricadas, cada vez mais procuradas pelo portugueses pelos seus preços acessíveis. Fonte: Idealista News
Estás a pensar comprar uma casa pré-fabricada e gostarias de saber as opções de crédito habitação que existem em Portugal? De facto, as casas modulares e pré-fabricadas não só têm atraído vários portugueses que pretendem comprar uma nova habitação, como são uma solução interessante e mais barata, construída à medida das tuas necessidades. Fica a saber que tipo de financiamentos existem para comprar uma casa pré-fabricada.
Neste artigo preparado pelo idealista/news, explicamos tudo o que precisas saber sobre as diferenças e semelhanças entre as casas pré-fabricadas e as casas tradicionais, passando também pelos tipos de financiamento para casas pré-fabricadas que existem no nosso país.
Casas tradicionais vs casas pré-fabricadas: quais são as diferenças?
As casas pré-fabricadas são diferentes das casas tradicionais em diferentes aspetos, que vão desde o processo de construção, à decoração e personalização, sem esquecer os seus preços. As casas pré-fabricadas são construídas em fábricas e posteriormente transportadas para a morada onde são montadas quase peça a peça. Neste sentido, poderás ter a casa pronta rapidamente e com um investimento menor.
Já as casas tradicionais podem oferecem flexibilidade em termos de decoração, mas a sua construção é bem mais demorada, podendo levar vários meses e até anos para que a habitação fique concluída. Além disso, as casas tradicionais tendem a ser mais caras, devido aos elevados custos de construção, mão de obra, entre outros.
A lei portuguesa, no entanto, não distingue uma da outra, sendo necessário apresentar, em ambos os tipos de imóveis, um projeto de arquitetura na respetiva câmara municipal, que depois estará responsável pela emissão de um alvará de construção e da licença de habitação. Convém não esquecer que é necessário fazer o registo da habitação na Conservatória do Registo Predial e o pagamento do IMI (Imposto Municipal Sobre Imóveis), que também se aplica às casas modulares.
Financiamento para casas pré-fabricadas: existe em Portugal?
Em Portugal, existem vários bancos prontos a financiar a aquisição de casas pré-fabricadas. E a Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresenta mesmo uma solução de financiamento específica: o Crédito Habitação – Casas Pré-Fabricadas para quem necessita comprar, construir ou fazer obras na sua casa modular, seja esta destinada à habitação própria permanente ou para casa de férias.
O prazo máximo para este financiamento para casas pré-fabricadas é de até 25 anos, desde que a idade máxima do cliente não ultrapasse os 75 anos. Mas quais as condições e montante máximo do crédito habitação? Abaixo poderás perceber as características do crédito habitação para casas pré-fabricadas.
Crédito habitação para casas pré-fabricadas: como funciona?
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Focando nesta solução de crédito habitação para as casas pré-fabricadas da CGD, revelamos quais são as características principais deste empréstimo:
Montante: o montante do crédito para financiamento de casas pré-fabricadas é um mínimo é de 5.000 euros. Já o montante máximo dependerá consoante o tipo de habitação. Para a compra de habitação própria permanente, o montante máximo é o menor valor entre 80% do valor de avaliação e 90% do valor de investimento. Já para uma casa de férias o limite máximo é de 80% do valor da avaliação ou do investimento;
Spread: a CGD assegura uma redução do spread se forem contratados produtos ou serviços associados aos packs vinculação, ligação ou proteção – mas se os packs forem cancelados, pode-se perder o direito a esta redução do spread. São eles:
Pack Vinculação: quem tiver cartão de débito e de crédito com utilização nos últimos 3 meses, conta Caixa M, Azul ou Platinum e domiciliação de rendimentos, na conta da CGD, a redução do spread é de 0,25 p.p.;
Pack Ligação: clientes com Caixa Seguro Vida e Seguro Casa, com pagamento na conta da CGD, contarão com uma redução no spread de 0,25 p.p.;
Pack Proteção: clientes com carteira de depósitos, ativos e seguros financeiros, domiciliada na CGD, com garantia de capital a todo o tempo, superior a 10.000 euros, Planos de Saúde Multicare, Seguro de Desemprego e Baixa Médica e PPR, com garantia de capital a todo o tempo, com entregas programadas ou com saldo mínimo de 2.500 euros terão uma redução no spread até 0,20 p.p.
Seguros: deves ter seguro de vida sobre a totalidade do capital, seguro patrimonial;
Garantia: deverás constituir hipoteca específica da habitação a financiar.
Esta oferta de crédito habitação da CGD destinada a casas pré-fabricadas está ainda disponível nas diferentes tipos de taxa de juro:
taxa variável: indexada à Euribor com TAEG desde 6,3%;
taxa mista: fixação dos juros por 5 anos e TAEG desde 6,1%;
taxa fixa: a 25 anos com TAEG desde 5,8%;
Importa não esquecer também que antes da contratualização de um crédito habitaçãopoderás fazer a simulação minuciosa e até contactar um intermediário de crédito que te pode ajudar em todo o processo.
Documentos para pedir crédito habitação para casas modulares
Para além das autorizações municipais requeridas, a entidade bancária irá solicitar os seguintes documentos pessoais para avançar com o teu crédito habitação para comprar casa pré-fabricada:
Cartão de Cidadão;
Cópia de uma fatura de luz, água, gás ou telecomunicações como prova do endereço fiscal;
Comprovativo do IBAN, que poderás obter através de um terminal multibanco ou na app / website do teu banco;
Três recibos de vencimento mais recentes;
Modelo 3 do IRS, que pode ser submetido através da declaração encontrada na área pessoal no Portal das Finanças;
Poderás ainda perceber junto do banco que outros documentos são necessários para avançar com o crédito habitação para uma casa modular ou pré-fabricada. Geralmente, os documentos solicitados são os mesmos pedidos para qualquer outro crédito habitação.
Comprar casa pré-fabricada compensa?
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Os prós e contras das casas pré-fabricadas são bastante variados. Há quem considere que esta é uma opção simples, uma vez que as demora menos tempo ser construída. No entanto, a casa terá de ser construída com base em características pré-definidas, o que poderá não ser atrativo para quem queira personalizar ou fazer obras mais profundas em casa.
As casas pré-fabricadas também precisam de manutenção constante, a ser feita com maior regularidade em comparação com as casas tradicionais, pela menor qualidade e resistência dos materiais utilizados.
Quanto à pergunta se as casas pré-fabricadas compensam, vai depender sempre daquilo que procuras. Existem várias opções de casas modulares, entre as mais personalizáveis, às mais sustentáveis e eficientes, portanto conseguirás fazer a escolha adequada para conseguir ter a tua casa de sonho.
Em causa estão os chamados créditos hipotecários complementares, que eram classificados como “créditos para obras”. Fonte: Idealista News
Os créditos hipotecários complementares ao crédito habitação – eram habituais nos contratos mais antigos, anteriores a 2018, conhecidos como “crédito para obras” – estão a ser excluídos do acesso às medidas de apoio do Governo, anunciadas para garantir maior estabilidade no pagamento das prestações.
Segundo o Jornal Económico, muitos destes créditos hipotecários complementares mais antigos não foram classificados como “créditos para obras”, mas sim como “créditos multiusos” ou “crédito para outras finalidades” e isso pode deixar de fora um universo maior de potenciais beneficiários, por causa da taxa de esforço ignorada por este tipo de empréstimo.
Isto é, esta componente pode colocar entraves ao acesso à bonificação temporária dos juros, pois a taxa de esforço baixa consideravelmente se esse crédito for ignorado – ou seja, os clientes deixam de cumprir o requisito de terem uma taxa de esforço igual ou superior a 35%.
O mesmo acontece para as outras medidas do Governo, nomeadamente a fixação temporária das prestações da casa durante dois anos.
Recorde-se que antes da entrada em vigor das medidas macroprudenciais do Banco de Portugal (BdP), a 1 de julho de 2018, a era prática da banca conceder este tipo de créditos hipotecários complementares, que muitas vezes serviam para financiar a entrada da compra da casa.
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