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Com incentivos fiscais, jovens até 35 anos foram maioria nos novos créditos à habitação em agosto, atingindo 54% do total concedido.
Fonte: SUPERCASA

Em agosto, jovens até aos 35 anos representaram 54% dos pedidos de novos créditos à habitação concedidos em Portugal. Esta foi a primeira vez, desde o início do ano, que a maioria dos empréstimos neste setor se concentrou nesta faixa etária, revelando uma tendência crescente para a compra de casa própria entre os mais novos.

O aumento da procura entre jovens coincide com a entrada em vigor de benefícios fiscais, como a isenção total ou parcial do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto do Selo. As novas condições aplicam-se a quem compra a primeira habitação própria, incentivando especialmente aqueles que procuram adquirir imóveis mais acessíveis.

Nos primeiros seis meses do ano, os jovens representaram uma média de 41% dos créditos à habitação concedidos, mas esta percentagem caiu para 30% em julho, antes de subir novamente em agosto. Este aumento coincide com a entrada em vigor do IMT Jovem, um incentivo que procura atrair novos proprietários. Vários consultores imobiliários têm apontado que muitos jovens atrasaram a compra de imóveis à espera destes benefícios, o que explicaria o salto nos números de agosto.

Segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os mais jovens mantiveram uma presença significativa nos novos créditos em setembro, mês em que representaram metade dos empréstimos concedidos. Este aumento no acesso à habitação própria reflete o impacto positivo das medidas governamentais, que abrangem imóveis de valor até 316.772 euros com isenção total de IMT e Imposto do Selo. Para imóveis entre 316.772 e 633.453 euros, os jovens beneficiam de uma isenção parcial, reduzindo o peso fiscal na compra.

Até 18 de setembro, mais de três mil jovens beneficiaram da medida IMT Jovem, com mais de duas mil transações de imóveis realizadas. Estes dados são promissores, pois mostram a eficácia do incentivo em dinamizar o mercado para os mais novos. O Orçamento do Estado para 2025 prevê ainda atualizar os valores de isenção, permitindo a mais jovens beneficiar destes incentivos.

Esta iniciativa do Governo visa melhorar as condições de acesso dos jovens à habitação, numa altura em que as taxas de juro elevadas e a escalada dos preços imobiliários têm dificultado o processo. A adaptação das medidas de apoio, como o IMT Jovem, demonstra uma resposta às necessidades dos compradores mais jovens e a aposta em promover a estabilidade financeira desta faixa etária através do acesso facilitado à habitação própria.

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