Especialistas em finanças pessoais dão dicas para superar meses com mais gastos e também para enfrentar emergências. Fonte: Idealista News
Para quem ainda está de férias, o tempo passa a voar, mas quando se olha para as despesas a pagar parece que nunca se acaba. A manutenção do carro, a preparação do regresso às aulas dos mais novos ou um passeio maior para ainda aproveitar o bom tempo. Setembro acaba de começar e costuma ser daqueles meses em que temos a sensação que demoram a chegar ao fim. Os gastos teimam em aparecer e começa a sobrar mês em vez de sobrar dinheiro. E como evitar cair nesta “armadilha”? Vamos explicar, com a ajuda de especialistas em finanças pessoais.
“Como sobreviver então a estes meses que nunca mais terminam?” A resposta é: Fazendo um calendário dos gastos para os “falsos imprevistos”, tal como explicam as especialistas do Contas €m Dia*, neste artigo preparado para o idealista/news.
A taxa de poupança dos portugueses atingiu o seu máximo histórico das duas últimas décadas no primeiro trimestre deste ano, segundo os dados disponibilizados pelo INE. Enquanto aguardamos a sua atualização para perceber o impacto que poderá ter tido um verão com fronteiras mais abertas em relação a 2020, é importante perceber como orientar essa poupança.
Dicas para enfrentar meses com mais gastos
A forma de não ter verdadeiras dores de cabeça em determinados meses é conseguindo planear bem os gastos anuais.
- A primeira etapa é fazer uma lista de todos os gastos não mensais que tem. Começando pelos obrigatórios como por exemplo o IMI, IUC, manutenção dos carros, renovação da matrícula escolar dos mais novos e seguros não mensais.
- Depois enumerar os opcionais, como por exemplo, festas/presente de aniversários, experiências em família, renovação de guarda-roupa, quotas anuais (ordem/clube).
- Depois de tudo enumerado, distribuir num calendário estes gastos nos respetivos meses em que normalmente gasta/paga esse dinheiro.
- Após fazer o somatório do total anual, divide-se esse valor por 12. Essa será quantia de dinheiro a pôr de parte todos os meses. Será esta reserva que fará face aos gastos previstos não mensais, que são os falsos imprevistos.
Provavelmente serás surpreendido com o total anual destes gastos. Poderá ser uma excelente altura para ponderar se há gastos que é possível reduzir ou eliminar.
Como estar preparado para outros imprevistos
Aos outros imprevistos vamos chamar de “verdadeiros imprevistos”. São todas as despesas que não é possível antecipar, como desemprego, um acidente, um problema de saúde ou um frigorifico que avariou.
Para fazer face aos imprevistos é importante que tenhas o chamado “fundo de emergência”.
É uma quantia de dinheiro que é recomendado ter reservado numa conta poupança para casos de… verdadeira EMERGÊNCIA.
O aconselhado é que este “balão de oxigénio” corresponda a 3/6 meses do total das despesas mensais.
A tranquilidade que traz saber que estamos preparados para enfrentar os meses mais difíceis e ainda assim poder suportar imprevistos não tem preço, e essa tranquilidade é a base das finanças pessoais, tal como concluem estas especialistas do Contas €m Dia.