Elaborado com intuito de perceber como a pandemia alterou planos e expetativas dos viajantes, um estudo da Europ Assistance pretende também ajudar o setor de turismo a preparar-se para o pós-Covid. Fonte: ECOseguros
O número de pessoas interessadas em comprar seguro de viagem aumentou com a pandemia, amplificando a intenção de aquisição do produto. Antes da Covid-19, apenas 48% das pessoas indicavam estar cobertas pelo seguro de viagem. No entanto, em junho, 54% dos entrevistados em novo inquérito indicaram que comprariam este tipo de produto para a próxima viagem, revela um estudo internacional da Europ Assistance, produzido em parceria com a IPSOS, sobre o futuro das viagens.
Quanto às coberturas, 66% querem ser cobertos pelo repatriamento se o destino da viagem fechar as fronteiras ou impuser um confinamento, 63% querem ter cobertura para a duração da viagem e 62% desejam ter apoio pelos 14 dias após o regresso, caso adoeçam durante a viagem.
No entanto, a Covid-19 “não parou os viajantes e causou alterações de curto prazo nas suas tendências de viagem, com a maioria a admitir que, este ano, prefere fazer viagens para mais perto de casa“: 60% planeiam ir para fora cá dentro neste verão; 81% esperam fazer pelo menos uma viagem ainda em 2020 e 35% já a marcou para os meses de julho e agosto.
A maioria dos entrevistados sente-se confiante para marcar uma viagem entre o final de 2020 e início de 2021, indica o estudo Future of Travel que a Europ Assistance realizou em parceria com a IPSOS, com base em entrevistas a 11.000 viajantes de 11 países em todo o mundo, entre os dias 5 e 26 de junho.
Ainda, de acordo com a análise, muitos indicaram que esperam voltar aos seus hábitos de viagem pré-covid, como andar de avião e ficar em bons hotéis, no início do próximo ano; 6% indicaram que farão uma viagem para fora do país a curto prazo, um número que duplica quando questionados sobre o próximo outono (14%) e inverno (14%) e 19% dos viajantes globais admitem que, em 2021, farão uma viagem para fora do país. A vontade de viajar dentro do próprio país verifica-se para os meses de outono (52%) e inverno (54%), mas cai quase para metade (39%) nas intenções para 2021.
Relativamente aos planos para as férias de verão, 36% afirmaram que pretendem tirar uma semana para relaxar num destino junto à praia, como primeira viagem após o confinamento. Quando questionados a propósito da forma como pretendem chegar ao seu destino, 74% dos inquiridos indicaram que vão viajar de carro (alugado ou próprio) e sobre a estadia, 61% vão optar por ficar em alojamentos locais ou pequenos hotéis, numa tentativa de manter o distanciamento social e evitar grandes ajuntamentos.
O estudo da Europ Assistance procurou ainda perceber quais as principais preocupações dos viajantes atualmente e que comportamentos preventivos estavam a adotar.
“No pódio das preocupações estão, o surgimento de uma epidemia durante uma viagem (36%), não se poder envolver nos seus hobbies de viagens e turismo devido à Covid-19 (28%) e ficar em quarentena no estrangeiro (27%)”. Por outro lado, prossegue o comunicado da Europa Assistance, “a queda nas taxas de infeção (54%), um comunicado oficial do governo (25%) e a reabertura de hotéis, bares e restaurantes (25%) são os três principais fatores que mais tranquilizam os viajantes“.
Os principais comportamentos de prevenção em adoção este ano são não viajar para certos países (79%), evitar lugares com muita gente (77%) e permanecer no próprio país (76%).