Face à posição que detinham na estrutura da distribuição de seguros em 2019, os bancos perderam algum peso refletindo ganho de quota pelos restantes canais no ramo Vida, que disparou 77,5%. Fonte: ECO Seguros
As vendas de seguros, medidas pela produção acumulada de seguro direto no final do terceiro trimestre (3ºT), alcançaram 9,48 mil milhões de euros, um volume que compara em mais 35,8% (em termos nominais) com o de igual período em 2020 e já supera em 4,1% o desempenho dos primeiros nove meses de 2019, antes do início da crise da pandemia de Covid-19.
Desde janeiro, a produção acumulada em seguros de Vida ascendeu a 5,33 mil milhões de euros, um disparo de 77,5%, revelam indicadores da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Esta expansão reflete aceleração de 119% nos produtos Capitalização e de 71% na venda de PPR, com produção acumulada a rondar 3,25 mil milhões e 1,29 mil milhões de euros, respetivamente.
Os seguros não-Vida totalizaram cerca de 4,17 milhões de euros, acrescentando 4,4% à produção de um ano antes. Comparando com os agregados em igual mês de 2019, Vida evidencia subida inferior a 1%, mas a atividade em não-Vida já cresce perto de 9%, refletindo evoluções positivas e peso relativo de Automóvel e Acidentes e Doença na carteira de seguros gerais.
Analisando a evolução na estrutura da distribuição, a participação dos bancos, embora se mantenha ainda acima da metade do bolo, decresceu em termos gerais (passando de 55% em 2019, para 51% em setembro de 2021), com recuo mais evidente no mercado de seguros de Vida, em que o canal bancário passou de 83%, no último setembro antes da pandemia, para 79% no final de setembro de 2021.
No negócio de não-Vida, os bancos venderam 16% da produção seguradora, enquanto os restantes (mediação) entregou 84% do seguro direto, mantendo-se inalteradas as quotas de setembro de 2019.